Review Espresso | The Dark Doctor Ikuru

Um mundo extremamente interessante. Possibilidades de se trabalhar questões pós-apocalípticas sob uma perspectiva médica. Um protagonista de moral duvidosa trabalha com um poder que pode ser interessante e um fascínio pela morte comparável à de Osamu Dasai.

Agora pegue tudo isso, misture bem… e jogue praticamente tudo que poderia vir de bom pela janela. Temos então The Dark Doctor Ikuru, mangá de Hechi que começou a ser publicado na Manga Plus recentemente.

Vamos então para a parte mais interessante do mangá: o cenário. O mundo de Dark Doctor Ikuru aparenta ser um local pós-apocalíptico, com toques de apocalipse zumbi e, de acordo com a sinopse, uma tragédia aconteceu no qual uma doença chama a outra.

Nesse cenário, encontramos no primeiro capítulo a enfermeira Eva N. Gélica (sim, eu juro que eu não estou inventando. Este realmente é o nome dela), uma pessoa que está se esforçando para encontrar uma cura para os zumbis em um hospital. Porém, ao ver seu pai contaminado, pede ajuda para o Doutor Sombrio Ikuru, conhecido por ser um médico extraordinário, porém excêntrico.

Ikuru tem um desejo muito grande de morte, a ponto de usar uma forca em seu pescoço, que futuramente se revela ser seu estetoscópio. Além disso, já tentou se matar diversas vezes, mas falhou em todas elas, devido a uma rápida regeneração de seu corpo. Não só se recupera das doenças, como seu sangue vira um anticorpo praticamente instantâneo para a doença a qual ele é exposto.

Em outras palavras, e aqui estou citando o próprio mangá, em contato com o sangue do Doutor a doença comete suicídio.

Infelizmente, Ikuru não se mostra um personagem cativante, sendo apenas o “maníaco do sorriso distorcido” em muitos pontos da obra. Pra mim, este, juntamente com o nome de Eva, são os piores pontos deste primeiro capítulo.

Apesar de preferir que a cura para os zumbis demorasse mais, o capítulo não é corrido e tem um ritmo bom, deixando os leitores confusos apenas nos momentos necessários.

Por fim, vale ressaltar que o ponto alto da obra é a arte. Tanto na criatividade para os monstros quanto para algumas cenas de gore que aparecem e podem ser potencializadas dependendo dos rumos que o mangá tome.

Rolar para cima