Esta semana, a revista Weekly Shonen Jump começará a publicação dos indicados a Golden Future Cup.
Mas o que seria essa copa?
A Golden Future Cup é uma competição anual feita pela revista Weekly Shonen Jump desde 2004. A ideia é chamar autores novatos ou que, pelo menos, nunca publicaram na revista. Depois da seleção de autores, cada um deles publica um One-Shot, sendo lançado um por semana. A quantidade de participantes da competição é variável, mas geralmente fica entre 5 e 6. O vencedor ganha a oportunidade de serializar um mangá na Shonen Jump, podendo este ser uma versão mais longa do One-Shot ou uma obra completamente nova. Porém, autores não-vencedores também podem publicar na revista, dependendo de como o departamento editorial vê o potencial de seu trabalho.
Desde 2004, o concurso é feito anualmente, com exceção de 2006 e 2013. Entretanto, em 2006, dois One-Shots foram lançados na mesma época na qual o concurso estaria disponível e ambos ganharam serialização futuramente. Hitomi no Catoblepas, de Yasuki Tanaka, que durou 2 volumes. E Sket Dance, de Kenta Shinohara, que se tornou um sucesso da revista com 32 volumes. Já em 2013, a mesma coisa aconteceu. Desta vez com Hinomaru Zumo, um One-Shot de Kawada, que se tornou uma série de 28 volumes.
Alguns dos mangás vencedores da GFC e que se tornaram séries de sucesso foram Nurarihyon no Mago, de Hiroshi Siibashi, em 2007; e Beelzebub, de Ryuhei Tamura, em 2008. Entretanto, outros autores conhecidos também já participaram e venceram o prêmio, como é o caso de Yuki Tabata, que em 2011 venceu com sua obra Hungry Joker, serializada durante um ano e cancelada. Futuramente, o autor voltaria com Black Clover.
Em 2014, Koyoharu Gotouge concorreu ao prêmio com seu One-Shot Rokkotsu-san, mas perdeu para a obra Devily Man. Anos mais tarde, Gotouge publicou Demon Slayer na revista. Em 2015, Hitsuji Gondaira venceu com seu one-shot Genjuui Toteku. Mas sua série foi um trabalho novo, chamado de Demon Prince Poro’s Diaries, que durou apenas 2 volumes. O autor voltou na revista, publicando Missão: Família Yozakura. No mesmo ano, Takamasa Moue concorreu ao prêmio com o mangá Galaxy Gangs. Apesar da derrota, Moue publicou o mangá Ole Golazo na revista em 2016, cancelado em 2 volumes. Atualmente, ele está lançando o aclamado Akane-Banashi.
Já em 2016, Gege Akutami perdeu com sua obra Nikai Bongai Barabarujura para Keiji Amatsuka. Keiji publicou na revista por três volumes apenas, enquanto Gege deu origem a Jujutsu Kaisen. Passando para 2017, o autor Masaoki Shindou venceu a copa com o mangá Joreishi Rentarou no Yakusoku e, após 5 anos, começou a publicar Ruri Dragon na Shonen Jump.
Em 2018, temos uma polêmica dupla. O vencedor foi Phantom Seer, obra de Yuugo Goto e Kento Matsura, que foi serializada e cancelada com apenas 4 volumes, sendo um dos cancelamentos mais contestados da revista atual. Além disso, Kento lançou Tokyo Shinobi Squad, mangá também cancelado e acusado de propagar comentários xenofóbicos. Nesta edição, tivemos Fusai Naba competindo também. Fusai hoje publica o mangá Aliens Area na Jump.
—
Fechando os autores mais conhecidos que participaram, temos o vencedor da copa em 2020, Yuuki Kawaguchi, com seu mangá Red Hood, serializado na revista e cancelado com apenas 3 volumes.
O último vencedor da copa foi Enoshima Daisuke, com Jinzou Ningen 100, porém, o autor ainda não começou sua publicação na Shonen Jump. Este ano teremos 6 One-Shots publicados, com o primeiro agora na edição #43, e, após isso, um por semana até o último na edição #48.
O resultado pode garantir um novo sucesso pra revista. Ou mais um cancelamento precoce. Aguarde os próximos capítulos para descobrir.