- A review contém spoilers do primeiro capítulo –
Sendo bem sincero, fui ler o capítulo 1 de You and I are Polar Opposites mais pra manter o combinado sobre ler todos os mangás que entram na MangáPlus (exceto casos como Astra, que já foi publicado no Brasil, ou Oshi no Ko, que já tem uma sólida base de fãs) do que por vontade. O mangá de Kocha Agasawa tem uma premissa relativamente comum dentro das comédias românticas que não me atraiu.
Dito tudo isso, não podia estar mais satisfeito com o baque que ler esse capítulo me trouxe. Acompanhamos Suzuki, uma garota extrovertida que gosta de conversar com todo mundo e acaba tendo problemas em dizer não, pensando em agradar os outros sempre. Suzuki gosta de Tani, um garoto quieto, que acaba sempre falando o que pensa, o que o fazer parecer frio.
Suzuki tenta conversar com Tani, mas com constantes dificuldades, devido a pouca abertura que seu colega dá. Porém, em um dia, acaba encontrando com ele a tarde na escola e o convida a voltarem juntos para casa. A surpresa se dá quando Tani toma a iniciativa e segura em sua mão por um tempo. No dia seguinte, Suzuki acaba falando algo que é mal entendido, mas, se resolve e, ainda neste capítulo, se confessa para Tani e, pelo que parece, já serão um casal oficial a partir do capítulo 2.
O ritmo da história é bem gostoso e foge da ideia do casal que vai acabar junto só no final, além de demonstrar um certo interesse em abordar questões sociais do dia-a-dia como a busca pela aceitação alheia, algo ainda mais rígido na sociedade japonesa, e talvez até questões como ansiedade social.
Acredito que a história pode ser mais um “coming-of-age” do que uma história de romance em si, no qual os dois personagens vão entendendo mais sobre si e amadurecendo como um casal. Uma cena que corrobora que a história pode seguir para este caminho é quando a protagonista diz “Preciso me manter ao Status Quo atual pelo bem de todos. Quem eu to enganando? É realmente só pelo meu bem. É pelo meu bem que eu mantenho isso tudo.”
You and I are Polar Opposites é mais um lembrete a mim mesmo de que a execução importa muito mais do que a premissa.