Review Espresso | Super Smartphone

Review Espresso - Super Smartphone

Esta semana, um mangá com um nome curioso estreou na Jump: Super Smartphone. Na hora, todos lembram de Mirai Nikki ou do famigerado Isekai do celular. Mas, com o lançamento, pudemos julgar a qualidade dele pelo que realmente é.

Super Smartphone conta a história de Kyu Sagurada, um garoto inteligente, mas desiludido com a vida desde que seu irmão desapareceu sete anos atrás. Kyu acaba tendo sua vida mudada quando tem acesso a um celular Googugu, um smartphone que consegue informações sobre tudo o que se tiver registros.

Talvez por ir com a expectativa muito baixa, acabei me surpreendendo positivamente com o mangá, mas ao fazer a releitura, foi possível pegar alguns pontos que diminuíram a experiência pra mim.

A ideia do mangá é boa (e não é um isekai, o que contribui positivamente) e, apesar do nome tosco, tanto do mangá quanto do próprio celular, as restrições são muito bem estabelecidas para que se possa fazer a investigação são um chamariz, desde que os autores saibam como aproveitar tais regras nos casos futuros, como foi em Death Note, por exemplo.

A arte é ok. Não entrega nada demais, ao mesmo tempo que não é feia. Apesar disso, o protagonista só tem duas expressões, o que pode acabar incomodando ou impedindo que nós nos afeiçoemos a ele e a sua busca, que também não passa a urgência que deveria.

O ponto que mais me incomodou e me preocupa daqui pra frente é a exposição dos diálogos. Não são poucas as vezes em que para se falar sobre algo, é dito por meio de um pensamento, narração ou dialogo, ao invés de ser simplesmente… mostrado. O que é a quebra de uma das principais regras sobre contar histórias.

Entretanto, não sei dizer se o mangá vale ou não a pena, justamente por que esse primeiro capítulo apresentou um tema que pode se estender de uma forma muito boa, mas pra isso seria necessário acompanhar os próximos capítulos. Ao mesmo tempo, a obra já mostrou também alguns problemas que podem ser alertas vermelhos sobre o que nos aguarda. No geral, pra mim, é mais uma dessa nova Jump, que constantemente lança histórias medianas com um potencial alto (Oi Earthchild). Pra descobrir como isso vai se desencadear, só lendo o resto mesmo.

Imagem
Rolar para cima