O Rakugo é um tradicional entretenimento japonês, mas que pode ser pouco conhecido fora do país.
Rakugo é uma arte que começou há mais de 500 anos e consiste em uma pessoa contando uma história para o público. Muitas vezes essas histórias são de humor, mas o Rakugo é bem diferente dos Stand-ups japoneses que conhecemos.
O intérprete da história, chamado Rakugoka, senta-se em seus calcanhares, no meio de um palco, vestindo um kimono. As únicas coisas que pode usar para contar a história são seus gestos, um leque de papel, chamado sensu, e uma toalhinha de mão, chamada tenugui.
E então a história começa! Tradicionalmente, todas as histórias de Rakugo envolvem o diálogo entre duas ou mais pessoas, que é sinalizado com o intérprete mudando o tom de voz e virando a cabeça pro outro lado pra trocar de personagem.
Existem diversas histórias específicas que são contadas em meio a uma apresentação de Rakugo. O autor Yoshihiro Tatsumi, responsável por O Homem sem Talento, lançado pela Editora Veneta, já lançou uma coletânea de 8 dessas histórias em um mangá chamado “Fallen Words”.
Uma das histórias mais famosas fala de um garoto chamado Jugemu Jugemu Gokōno Surikire Kaijarisuigyono Suigyōmatsu Unraimatsu Fūraimatsu Kūnerutokoroni Sumutokoro Yaburakōjino Burakōji Paipopaipo Paipono Shūringan Shūringanno Gūrindai Gūrindaino Ponpokopiino Ponpokonāno Chōkyūmeino Chōsuke
A piada do nome longo de Jugemu, inclusive, já foi feita em obras como Fullmetal Alchemist sendo “o nome verdadeiro” do Scar, além de ser o início do encerramento do anime Joshiraku.
Caso queiram acompanhar, existe um Rakugoka canadense chamado Katsura Sunshine que aprendeu a arte e a replica, com pequenas alterações, mas sem perder a essência tradicional do Rakugo.
Existem vídeos dele (em inglês) no Youtube para acompanhar
Mas, porque falar de algo como Rakugo justo agora?
Recentemente, a revista Weekly Shonen Jump (sim, a mesma de Dragon Ball, Naruto e One Piece) anunciou que sua próxima série, Akane-Banashi, será uma obra com a temática de Rakugo. Então, nada mais justo do que essa introdução!