Review Espresso | Jiangshi X

Folclore é uma coisa fantástica pra mim. Sempre amei estudar os mitos de uma cultura, ainda mais quando envolvem seres diferenciados. E essa paixão não é exclusiva a seres do folclore brasileiro, mas também de forma internacional, como os yokais e outros tipos de criaturas.

Então, quando foi anunciado Jiangshi X, admito que minha expectativa estava alta, afinal, é um mangá que fala sobre uma lenda chinesa que seria um equivalente a um vampiro ou a um zumbi.

Mas o mangá de Norihiko Kurazono conseguiu suprir tais expectativas?

Não. 

Mas isso não é algo necessariamente ruim, visto que eu fui com água demais ao pote.

O mangá conta a história de Xiaohu, um monge em treinamento que, junto de seus amigos, também monges em treinamento, Jiuli e Chaoyun, “exorcizam” Jiangshis.

Apesar de ser o primeiro capítulo, muita coisa já aconteceu e isso pode ser visto com um demérito referente a seu ritmo. Não chega a ser algo ao nível de Elusive Samurai ou Ginka & Gluna, mas ainda assim tivemos uma apresentação dos personagens, do mundo, do sistema de rankings e até um mini Exame Chunnin, tudo em um único capítulo.

A dinâmica do trio protagonista já é bem estabelecida logo de início, apesar de ser algo que já vimos diversas outras vezes, causando assim uma sensação que se repetirá por diversos momentos do mangá: Não é algo ruim, mas é genérico demais.

Somado a isso, há o fato da temática ser relacionada à exorcismo, que é um tema em alta no momento. Dessa forma, a obra acaba não tendo um diferencial próprio, além das referências à cultura chinesa, presente até mesmo nos nomes dos personagens, e que acredito que serão mais aprofundadas nos capítulos seguintes.

Um ponto bastante positivo é a narrativa. Norihiko consegue criar cenas interessantes abusando de linhas de movimento e hachuras em cenas de combate. Além disso, alguns dos cenários são belíssimos apesar de simples. Pena que, em contraponto, seu design de personagens não é interessante.

Jiangshi X quase dói de tão genérico, mas, ao mesmo tempo, não é ruim. Caso se apoie cada vez mais na cultura chinesa a qual seu mote permeia, pode se tornar um interessante mangá de batalha. Se não, será mais um Doron Dororon.

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