Se for pensar sobre todos os mangás que acompanho novidades, dá pra se pensar que shonens de comédias românticas estão cada vez mais predominantes no momento.
Seja com animes de bastante sucesso lançados um atrás do outro, ou até mesmo com a Shonen Magazine onde mais de 10 comédias românticas diferentes são lançadas simultaneamente toda semana.
Isso acaba gerando uma certa saturação do gênero, ainda mais quando colocado em comparação aos shoujos de comédia romântica, que geralmente chamam mais atenção por um melhor desenvolvimento de personagens (além da menor objetificação num geral).
Dito isso, quando vi que Romantic Killer estreou na MangaPlus, suspirei. Mais um romcom shonen pra lista. O lançamento do mangá na plataforma acontece devido a estreia recente do anime, visto que, no Japão, o mangá foi publicado em 2019 e já se encerrou com 4 volumes. E que surpresa agradável se provou essa obra de Wataru Momose.
Somos apresentados a Anzu Hoshino, uma garota que gosta de doces, seu gatinho e videogames e não se importa em se relacionar. Sua vida muda quando Riri, uma fada, chega dizendo que a fará se apaixonar por uma pessoa na vida real ao invés dos personagens 2D de sempre.
O mangá é divertidíssimo! Anzu passa por diversas situações que são clichês de comédias românticas e, como o mangá não se leva a sério, permite situações das quais rimos do absurdo da situação.
Além disso, como Anzu teve seus videogames, seu gato e seus chocolates confiscados, faz de tudo pra impedir a fada a realizar sua missão, para assim ter de volta seus pertences logo, gerando uma química que, além de engraçada, gera até uma leve dúvida se Anzu acabará o mangá solteira ou não.
Riri, a fada, também conta com o protagonismo de cenas ótimas, principalmente as quais descreve como funciona a magia do mundo, sendo basicamente uma empresa muito burocrática.
A arte é bonita, mas dentro de um padrão. Fica o destaque por ser um mangá completamente colorido.
Por fim, vale ressaltar que, não sei quanto o mangá irá abordar isso, mas seria interessante ver, em meio a essa história cotidiana, Anzu mostrando que não há nada de errado em se sentir confortável por estar solteira.