Review Espresso | StageS

Review Espresso - StageS

Seja pela sinopse ou pela imagem destacada, StageS parece ser um mangá mais experimental, com uma ideia contemplativa, talvez. Algo como Parasyte, Takopi ou Punpun. Então, com essa ideia, fui ler a obra de Tomoya Harikawa.

Não posso dizer que necessariamente me desagradei com o que recebi, mas esperava outra coisa. Resumindo o descontentamento: StageS aparentemente é um shonen de lutinha. E isso, vindo de um mangá cuja imagem promocional é um garoto nu enforcado por uma cobra que, de acordo com a sinopse, pode ver o futuro, é no mínimo triste, pelo potencial que poderia ter. Ao menos, a capa do mangá mostra essa veia de porrada.

Em StageS somos apresentados a Meguru, um garoto triste que perdeu seus pais ainda na infância e, por isso, se tornou apático a tudo, principalmente aos deuses. Um dia, encontrou em um templo vazio uma cobra branca chamada Shirohebi, que se intitula um deus com poderes de ver o futuro. Após uma demonstração de seu poder, a cobra diz a ele que, se ele se confessar para a garota que ama, vai dar tudo certo em sua relação. Ele o faz e os dois começam a namorar, até que Meguru descobre que morrerá.

Querendo poupá-la da dor de perder o namorado de forma trágica, ele termina o namoro antes de sua morte. Mas descobre que ela também morrerá, pelas mãos de Kurohebi. Então, Meguru pede para voltar a vida para matar Kurohebi, salvando assim seu amor.

Muita coisa foi dita neste primeiro capítulo, mas também não fomos apresentados a quase nada. O passado de Meguru é explorado de forma a mostrar como ele é alguém triste, mas não de forma profunda o bastante para que possamos lastimar sua dor. Para os mais críticos, pode ser que nem o romance dele tenha profundidade o bastante para chamar a atenção. E já que isso é o mote que faz com que Meguru queira voltar a vida, então, pode estragar a experiência do mangá como um todo.

Pessoalmente, o que mais me tirou da história, além dos nomes das cobras (que são Cobra Branca e Cobra Preta, literalmente), foi a forma fácil em que Meguru, uma pessoa apática que estava em um momento de quase depressão, aceita tranquilamente matar alguém, por motivos de roteiro, e domina suas novas armas com facilidade.

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