Quando li a sinopse, achei que Make the Exorcist Fall in Love trabalharia com uma temática completamente diferente do que trabalhou de verdade neste primeiro capítulo, algo que, nem de longe, é ruim, visto que o que foi entregue é tão bom quanto o que foi prometido, apenas de outra forma.
Na história de Aruma Arima e Masuku Fukayama acompanhamos um garoto com poderes para se tornar um ótimo exorcista. Um detalhe interessante já aparece ai, visto que o nome do protagonista não é dito em nenhum momento da história neste capítulo. Além disso, o próprio responsável da igreja diz “It is” referindo-se a ele com o pronome relacionado a coisas e objetos, mostrando como a utilidade do personagem é mais importante do que sua identidade, desde o início.
O garoto é alguém extremamente fissurado em ideias cristãs, tendo decorado diversos versículos e os pondo em prática da forma mais literal possível, sejam os mais simples como “dar a outra face” ou outros que não falarei para evitar spoilers.
A história então acompanha ele e seu encarregado para que ele se torne um exorcista melhor, porém, tudo se revela um grande prólogo para a história da sinopse. Não temos aqui um garoto que gosta de cozinhar e não quer o fardo de ser a pessoa que irá exorcizar o próprio Satã, mas sim, uma criança bitolada em ensinamentos religiosos que não enxerga nada além disso. E então vemos sua mudança.
O mangá aparenta mesclar romance com um shonen de porrada e, embora não possa falar do romance nesse capítulo, a luta foi bastante interessante, com designs de monstros bem feitos e referências bíblicas.
Um ponto que me chamou a atenção é como a abordagem sobre questões erradas teve um caminho mais sério visto que, em um determinado momento, um abuso ocorre e não só é mostrado de forma horrenda, como é nomeado como tal e combatido. Isso pode ser algo importante futuramente ao mostrar o possível TEPD do protagonista em carregar tamanho peso. Além disso, mesmo trabalhando com temas relacionadas à luxuria, o mangá não utilizou o ecchi como o centro cômico do momento.
Em resumo: O início foi um prólogo interessante para uma história que pode se desenvolver de diversas formas, mas não tem como saber apenas com este capítulo.