Essa talvez seja a leva de mangás com mais expectativa desde que comecei a acompanhar a Jump semanalmente, há mais de um ano. Nela, temos dois artistas conhecidos, um deles vencedor da Golden Cup. Então, para me preparar para a leitura, li Apollo, o One-Shot que disputou a Golden Cup de 2018. E o que mais me chamou a atenção nele, de longe, foi a ambientação. A forma com a qual Fusei Naba criou aquele mundo foi algo que definitivamente chamou minha atenção. E aqui, em Aliens Area, ele repete o feito.
O mangá tem fortes influencias de MIB, além de talvez ter pego algumas inspirações de Dandadan, Parasyte e até mesmo One Piece, sendo que acredito que este último pode ser o ponto mais fraco do mangá. Acompanhamos Tatsumi Tatsunami, um garoto que largou suas chances de sucesso acadêmico para cuidar de seus irmãos após um acidente ter matado seus pais. Além disso, após o acidente, ele percebe que seu braço cicatriza e se cura quase instantaneamente após cortes.
Como o nome já entrega, Aliens Area fala sobre aliens e logo entendemos as relações de Tatsumi com eles, porém, de uma forma que não nos é explicada, mas sim mostrada através de um curto flashback, que faz com que peguemos todas as informações necessárias. Além disso, Tatsumi contracena com Hajime, o garoto com o X na testa, que é um policial deste serviço secreto. Como falei, inspirações de MIB.
Apesar da narrativa ser o ponto forte pra mim, o traço acaba sendo um problema. O design de personagens é interessante, mas Tatsumi parece ser bem mais velho que Hajime, quando aparentemente o contrário é o real. Além disso, os designs dos aliens mostrados até agora são padrões. Mas, o que provavelmente será o maior motivo de comparações, é o fato de que o poder do protagonista é visualmente um “Luffy com Haki”. Um braço preto que estica. Se o autor não trabalhar variedades disso, as comparações serão constantes e o mangá poderá ficar na sombra.
Mesmo mostrando pouco, a leitura é super fluída e me chamou atenção para ver as continuações, mas pelo que vi nos comentários, fui a exceção à regra desta vez. Ainda assim, acredito que Aliens Area teve um começo mais sólido do que muito Jump dos últimos tempos.